quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novo Windows

Em apenas duas semanas, dia 22 de outubro, o longo pesadelo da Microsoft com seus sistemas operacionais vai acabar. A empresa vai lançar o Windows 7, sistema operacional mais rápido e muito melhor do que o pouco estimado Windows Vista, que prejudicou muito a reputação da fabricante, e também a produtividade (sem falar na hipertensão) dos usuários. Fabricantes de PCs vão inundar as lojas, tanto concretas como virtuais, com novos computadores com o Windows 7 já instalado, e também oferecerão o novo software aos usuários do Vista que desejam fazer upgrade.

Com o Windows 7, os usuários de PCs terão, por fim, um sucessor forte e moderno do Windows XP, sistema bem conhecido, mas já idoso, que continua sendo a versão mais popular do Windows, embora lançado em 2001. No mundo da alta tecnologia, um sistema operacional com oito anos de idade equivale a um carro de vinte anos atrás. Embora o XP funcione bem para muita gente, é relativamente fraco em áreas como segurança, trabalho em rede e outros recursos que são muito mais importantes hoje do que quando o XP foi criado, por volta de 1999.

Microsoft

O novo Windows permite visualizar janelas de programas abertos com mais detalhes e possibilidades

Depois de usar uma versão pré-lançamento do Windows 7 durante nove meses, e testar intensamente a versão final no mês passado, em várias máquinas diferentes, creio que esta é a melhor versão do Windows que a Microsoft já lançou. É um impulso para a produtividade e um prazer para usar. Apesar de alguns inconvenientes, posso recomendar com entusiasmo o Windows 7 para o consumidor comum.

Tal como o novo sistema operacional Snow Leopard, lançado em agosto pela Apple, a grande rival da Microsoft, o Windows 7 é um produto muito mais evolucionário do que revolucionário. Seu principal objetivo era sanar as falhas do Vista, e dar, finalmente, aos usuários do Microsoft XP uma razão para fazer um upgrade. Mas o Windows 7 está repleto de recursos e pequenas diferenças que tornam o uso do computador uma experiência mais fácil e mais satisfatória.

O Windows 7 oferece vantagens reais para organizar os programas e arquivos, assim como a barra de tarefas e área de trabalho, e para visualizar e abrir exatamente a página ou documento que você deseja, quando você deseja. Também tem recursos controlados por tela sensível ao toque.

Isso elimina muita coisa que atravanca. E elimina, sobretudo, os principais defeitos do Vista — lentidão; incompatibilidade com software e hardware de terceiros; requisitos muito pesados de hardware; e avisos de segurança constantes e irritantes.

Testei o Windows 7 em 11 computadores diferentes, desde pequeninos netbooks até laptops comuns e algumas máquinas de mesa. As marcas incluíram Lenovo, Hewlett-Packard, Dell, Acer, Asus, Toshiba e Sony. Consegui até rodar o sistema em um laptop Macintosh da Apple. Em algumas dessas máquinas o Windows 7 já estava previamente instalado; em outras tive que fazer o upgrade de um Windows anterior.

Na maioria dos casos a instalação levou 45 minutos ou menos, e o novo sistema operacional trabalhou bem e com agilidade. Mas encontrei alguns inconvenientes e problemas. Em duas ou três máquinas, a demora glacial para iniciar ou reiniciar me lembrou o Vista. E em algumas outras, depois do upgrade, recursos essenciais como a exibição em tela ou o mouse tipo touchpad não funcionaram corretamente.

Outro fator: o Windows 7 ainda exige instalar um software extra de segurança, que precisa ser atualizado com frequência. Fazer o upgrade de um computador do XP para o Windows 7 é um processo laborioso e tedioso, e a variedade de edições em que o Windows 7 é oferecido causa confusão.

Por fim, a Microsoft eliminou do Windows 7 aplicativos bem conhecidos que já vinham incluídos, tais como e-mail, organizador de fotos, caderno de endereços, calendário e programa de edição de vídeo. Eles podem ser baixados gratuitamente, mas não vêm mais incluídos no sistema operacional, embora alguns fabricantes de PC possam decidir instalá-los previamente.

Nos últimos anos eu, tal como muitos outros articulistas, argumentei que o sistema operacional OS X do Macintosh é muito melhor que o Windows. Isso não é mais verdade. Continuo dando ao Mac OS uma pequena vantagem. Isso porque ele tem uma trajetória para o upgrade muito mais fácil e mais barata; já vem com mais programas incluídos; e tem muito menos vulnerabilidade aos vírus e outros programas prejudiciais, que são criados, em geral, para atacar o Windows.

Mas agora há uma situação muito mais equilibrada entre os dois rivais. O Windows 7 é melhor que o Mac OS X em algumas áreas, tais como melhor visualização prévia, melhor navegação diretamente da barra de tarefas; organização mais fácil das janelas abertas na área de trabalho; e controle por toque na tela. Assim, a Apple terá que lutar mais, agora que sua grande vantagem — o Vista e seus defeitos — foi substituída por uma versão do Windows confiável e elegante.

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